terça-feira, 16 de outubro de 2012

Millet, Milho miúdo, milho alvo, painço – O alimento da memória!


Utilizado há muitos séculos, este cereal destaca-se pelas suas propriedades energéticas e pela sua alcalinidade.
Trata-se do cereal mais rico em Vitaminas do grupo B e em Vitamina A, sendo por isso auxiliar do crescimento, da regeneração celular e da acção anti-infecciosa. Fornece-nos também Ferro, Silício, Fósforo, Flúor, Manganésio e Magnésio. É muito útil na alimentação das crianças e torna-se um excelente substituto da carne.
É um cereal alcalino, de boa digestibilidade e com propriedades antidiarreicas. Fortalece o sistema genital feminino e possui uma substância mucilaginosa que é benéfica para os rins, bexiga e sistema gastrointestinal.
Aconselha-se o seu uso em casos de fadiga crónica, dá força e boa tez.
Muito indicado para quem desenvolve trabalho intelectual, devido ao elevado teor de fosfolípidos como a lecitina e a colina.
De sabor suave, pode ser uma boa alternativa ao trigo, ao centeio e ao arroz.
Pode consumir-se em pratos doces ou salgados, em grão inteiro, em farinha, em creme, em flocos, em bebida.
Na cozinha aiurvédica cozinha-se com raíz de gengibre.

Como cozinhar - sugestões
1 chávena de millet, 2 chávenas de água
Comece por tostar levemente os grãos – cerca de 15 min. em lume brando. Coza na água a ferver. Quando a água tiver sido absorvida, mexa delicadamente com um garfo de madeira para arejar o cereal e deixe-o inchar mais 10 min.
Pode não tostar os grãos e cozinhar simplesmente com a água, a que pode juntar uma pitada de sal e um fio de azeite.

Use e abuse deste cereal nas suas ementas de Outono!

Bibliografia consultada:
2012. RODET, Jean-Claude. Guia dos alimentos vegetais. 4ªed. Lisboa, Gradiva.
2008 (imp.). O grande livro dos alimentos, vol.2. Col. Viver Melhor. Rio de Mouro, Círculo de Leitores.

Bolinhos de batata-doce e amêndoa


Precisa de:
350gr batata-doce
100gr miolo de amêndoa ralado
3 gemas de ovo
1 colher chá de canela em pó
65gr farinha de milho
40gr farinha trigo
1dl água
200gr frutose

Mãos à obra:
Coza a batata-doce e deixe-a arrefecer. Tire a pele e reduza a puré.
Pré-aqueça o forno a 180ºC.
Leve um tachinho ao lume com a água e a frutose e ferva cerca de 8 min.; junte o puré e misture bem. Acrescente a amêndoa e a canela e mexa.
Misture as farinhas e envolva no preparado anterior até obter uma massa uniforme.
Junte as gemas, mexendo sempre muito bem. Retire do lume. Deixe arrefercer completamente.
Molde bolinhas pequenas e coloque num tabuleiro untado e polvilhado (ou forrado com papel vegetal).
Leve ao forno cerca de 30minutos.

Acompanhe com um café de bolota bem quentinho e delicie-se!

Experimente variantes: substitua o miolo de amêndoa por igual quantidade de miolo de noz ou de avelã.
Substitua a farinha de trigo por farinha de kamut ou de espelta.

Uma delícia de batata!


A batata-doce é um dos tubérculos mais ricos em vitaminas e minerais e consome-se, sobretudo, nos meses mais frios.
A batata doce fornece-nos uma boa dose de amido e é muito nutritiva por ser uma excelente fonte de betacaroteno, vitaminas A e C e fibras alimentares (sobretudo hemicelulose – mais suave que a celulose, tornando esta batata mais digestiva e mais amiga dos intestinos).
A casca grossa das batatas doces fornece-nos taninos, que têm propriedades antidiarreicas.
As variedades com polpa mais amarela ou alaranjada são as melhores, por serem mais doces e terem maior teor de vitamina A.

Recomenda-se o seu consumo por desportistas, crianças, idosos, convalescentes e pessoas que exerçam trabalhos duros. Desaconselha-se a quem sofre de diabetes e de flatulência.

100gr de batata doce fornece-nos cerca de:
86 Calorias, 20gr Hidratos de carbono, 1,5gr Proteínas, 31mg Cálcio, 47mg Fósforo, 2,4mg Vitamina C, 709µg Vitamina A (também contém Manganês, Vitamina B2, Potássio, Cobre, Riboflavina, Ácido Fólico)

É um alimento extremamente versátil: use-as assadas no forno, cozidas, fritas, salteadas, em sopas, purés e bolos!

Bibliografia consultada:
2008 (imp.). O grande livro dos alimentos, vol.2. Col. Viver Melhor. Rio de Mouro, Círculo de Leitores.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Produto da semana: Falemos de abóbora patisson


Abóbora Patisson

Originária da América Central, é da família das cucurbitaceas. Também lhe chamam “alcachofra de Jerusalém”, “coroa de imperador”, “mitra de padre”, (as crianças gostam de lhe chamar disco voador, ou satélite!), entre outros nomes, sobretudo devido à sua forma espalmada e circular. A casca pode ser branca, verde, amarela ou alaranjada, mas a sua polpa é geralmente branca, leitosa, firme e tenra. Tem um sabor peculiar, ligeiramente doce e muito agradável, fazendo lembrar a alcachofra.
Rica em água, minerais, oligo-elementos, fibras e vitaminas A, B, PP, e C, é digestiva e diurética. Esta abóbora, por ser branquinha, é baixa em oxalatos, o que faz dela um legume de excelência para dar a crianças, jovens e adultos hiperactivos, com comportamentos do espectro do autismo, epilepsia, perturbações do foro neurológico ou com dificuldade em dormir à noite. É um legume de fácil digestão.
Se for pequena e tenra pode cozinhar-se com a casca. Para descascar, se a pele for rija, cozer a abóbora a vapor durante 10 min.
A abóbora Patisson, depois de removidas as pevides e retirada a casca é óptima para: cortar em tiras, temperar a gosto e cozinhar tipo batata frita; colocar em guisados ou estufados, tanto de carne como de vegetais; cortar em fatias com 0,5 cm de espessura, temperar com um pouco de sal, passá-la por ovo e pão ralado e levá-la a fritar em azeite. Servir com molho de tomate, polvilhado com queijo e ervas aromáticas; como acompanhamento de peixe cozido, depois de cozida em água e sal com outros legumes. Fica fantástica usada em puré. Para o efeito coze-se durante 12 min 50% de patisson com 50% de cenoura temperada com um puco de sal. Escorre-se bem a água e adiciona-se um generoso fio de azeite e passa-se com a varinha mágica. Resulta num delicioso puré para acompanhar peixe ou carne, muito apreciado por pequeninos e grandes. É óptima para colocar em sopas e, quando bem cozida, pode ser usada para engrossar molhos de forma natural. Também pode comer-se crua, ralada em saladas e em molhos. Conserva-se durante bastante tempo, em local fresco e seco.

Receitas com patisson


Patisson recheada
6 patisson pequenas para 6 pessoas (uma por pessoa)
100 gramas de cogumelos
3 peitos de frango
2 cebolas
6 colheres de sopa de natas
pimenta e sal, azeite
ervas frescas /sal, coentros e hortelã, ou outras)
Cortar à patisson um belo chapéu, retirar o recheio e cortar em cubinhos.
Aquecer o forno a 180º
Cortar o frango, cebolas e cogumelos aos pedacinhos e refogá-los em azeite. Juntar os cubos de patisson e as ervas frescas.
Temperar com sal e pimenta e alourar em lume brando, deixando que a água dos cogumelos, cebolas e patisson se evapore.
Rechear as patisson com esta mistura e juntar uma colher de natas em cada uma.
Fechar as patisson com o seu chapeuzinho e deixá-las cozer no forno, pelo menos 30 minutos se forem maiorzinhas.
Apresentar no prato, uma por pessoa.                                                                                                       



Tarte de abóbora patisson


1 rolo de massa quebrada; 500 g de abóbora patisson descascada e cortada em cubos; 400 ml de natas; 300 ml de água; 300 ml de leite; 150 g de queijo fresco; 3 ovos; 2 c. sopa queijo ralado; 1 c. sopa azeite; sal e pimenta

Cozer a abóbora na água misturada com o leite durante 20 min e escorrer. No liquidificador triturar (2 min.)a abóbora, as natas, os ovos e sal. Forrar uma tarteira com a massa, espalhar o queijo fresco, polvilhar com o queijo ralado e deitar por cima o puré das abóboras. Leve ao forno durante 30 min. (150ºC). Sirva quente.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Uma receita diferente: alho francês à Brás!

Ingredientes para 2 a 3 pessoas:
    250g de batata frita palha (também fica deliciosa com batata cozida com a pele, que depois se descacasca e se mistura ao refogado cortada em cubinhos) 
  • 250g de alho francês (parte mais tenra - branca e um pouquinho da verde)
  • 2 cenouras raladas ou laminadas
  • 1 cebola
  • 4 ovos
  • azeite q.b.
  • Salsa picada q.b. (experimente variantes: manjericão, cebolinho, coentros, aipo, ...)
  • Azeitonas q.b.
  • Sal e pimenta q.b.
Preparação:
Corte a cebola e o alho francês às rodelas.
Num tacho refoga-se o azeite e a cebola. A meio do refogado junte o alho francês e a cenoura e deixe refogar tudo.
Bata os ovos e tempere com sal e pimenta.
Junte a bata palha ao alho francês, mexa, junte os ovos batidos, mexa durante 30 segundo e apague o lume.
Polvilhe com salsa picada e decore com as azeitonas.

Acompanhe este prato com uma salada mista e umas maçarocas de milho doce assadas no forno (com ou sem manteiga!).

As propriedades do alho francês

O alho Francês pertence à mesma família dos alhos e das cebolas. É muito rico em minerais (cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio, selénio, manganês, enxofre, silício, e outros oligoelementos), tornando-o um alimento remineralizante, desde que seja cultivado em modo biológico, sem recurso a adubos químicos. Contém um óleo enxofrado que estimula a produção biliar e activa as funções gástricas e intestinais. Tem vitaminas A, do grupo B, ácido fólico, C, E e K, é diurético, anti-séptico, depurativo e laxante, pelo que ajuda a combater as doenças de pele. Também ajuda a limpar os pulmões, sendo útil em caso de afecções respiratórias. Tem propriedades antianémicas, estimula a renovação do sangue, favorece a circulação sanguínea, prevenindo assim a formação de varizes e hemorróidas, e controla os níveis de colesterol.

Pode comer-se cru, em rodelas finas, misturado nas saladas, em sopas frias, como acompanhamento de queijos frescos. Também podem fazer-se saudáveis e deliciosos sumos, combinando o alho francês com beterraba, aipo, cenoura, maçã e/ou pepino.
Cozinhado, pode ser incluído em sopas de peixe, marisco, carnes estufadas, massas, sopas e cremes de legumes, tartes, gratinados, ...

O alho francês conserva-se no frigorífico cerca de 2 semanas.


Bibliografia consultada:
2012. RODET, Jean-Claude. Guia dos alimentos vegetais. 4ªed. Lisboa, Gradiva.
2008 (imp.). O grande livro dos alimentos, vol.2. Col. Viver Melhor. Rio de Mouro, Círculo de Leitores.